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sábado, 12 de março de 2011

Sonhe com os Anjos

Olá, meninos e meninas sapekas!
Tudo bem com vocês? Faz tempo que não escrevo, né? Ué, mas teve Carnaval e eu também mereço uns dias de descanso, não é? Afinal, todo mundo deve ter aprontado das suas, feito muito sexo e bebido até cair. E ouvindo essas histórias das pessoas bêbadas, uma delas me chamou a atenção uma vez, a qual eu irei transcrever aqui para o blog hoje, em homenagem ao Carnaval e ao Dia Internacional da Mulher.

No inglês, os verbos terminados em “ing” são usados para evidenciar o tempo da ação, dar ênfase à duração da ação. Se eu tivesse nos Estados Unidos, é assim que eu deveria descrever o meu processo de acordar naquele dia. Lento, arrastado, fiquei dormindo e acordando por curtos períodos de tempo, surgindo as coisas mais malucas na minha cabeça. Tudo meio sem nexo, sem sentido ou proposito, até que em um momento, um pensamento fez sentido: “o chuveiro está ligado”. E procurei me ater a este único pensamento lúcido dentro da minha mente ainda adormecida e ressacada da noite anterior. Eu não bebi tanto, mas é o que todos os bebuns dizem, não é ?! Mas pensando que o chuveiro estava ligado, e que eu estava moribundo demais para levantar, surgiu a pergunta intrigante: se eu estava na cama quem estava no meu chuveiro? Então, reuni todas as minhas forças para mover meus olhos; a porta estava aberta, as coisas estavam meio embaçadas, meio confusas, mas ela estava ali, eu podia jurar que tinha uma garota no meu banheiro. Comecei a observá-la tomando banho, com tudo embaçado ela parecia ter um brilho único, quase como se emanasse uma luz de anjo, e eu podia jurar que estava diante de um, pois só de vê-la senti uma paz, uma alegria, podia ver um tom dourado contornando sua pele branca.

Mas quem seria aquela garota? Esforcei-me para tentar lembrar dela, mas tudo que ganhei foi uma bela dor de cabeça; então comecei a reparar nos detalhes, ver se algum deles me trazia de volta à memoria quem ela era e, melhor, o que ela fazia no meu banheiro tomando banho sem o menor pudor. Admito que queria lembrar que nós fizemos um sexo maravilhoso bêbados na madrugada, que eu estava exausto era de ter tido prazer a noite toda, que aquela garota foi minha, que eu pude ouví-la gemendo no meu ouvido, bem de pertinho, me apertando, me pedindo mais, sentindo o movimento do seus quadris, sentindo eu enfiando fundo naquela xana rosadinha e molhada... Ah, como eu queria me lembrar disso! Comecei vendo desde os seus pés e fui subindo, era tinha belas pernas, simétricas, aliadas à graça de seus movimentos; devia ser alguma dançarina de ballet, ou algo assim. Suas pernas se encaixavam perfeitamente à sua bunda, dando-lhe a forma perfeita, redonda, cheia, qualquer um daria tudo para tê-la, apertá-la, mordê-la, beijá-la até deixar a pele dela arrepiada. A água escorria pelas suas costas, tocando o seu corpo, seguindo suas curvas, desde o sulco formado pela coluna até as suas “covinhas”; a água formava essa forma cristalizada do seu corpo escultural, sua bunda era tão perfeitamente redonda que a água escorria e caia sem tocar a dobra da junta com a perna.

Mas foi quando ela virou que eu pude ver que aquilo só poderia ser um sonho, pude ver ela virando em câmera lenta, vi ainda melhor as curvas as suas costas, sua cintura, sua bunda, seus seios, sua barriga sequinha, sua pélvis, tudo em perfeita harmonia. Vi seus cabelos longos e lisos em pleno ar, como aqueles comerciais de shampoo, e via cada gota de água como naquele comercial de pasta de dente. Seus olhos por fim cruzaram os meus; mesmo que eles não me notassem, mesmo que por um instante, eram lindos olhos, levemente amendoados, profundos, e confortantes como seu quisessem dizer: “Oh meu amor, eu estou aqui, vai ficar tudo bem...”. Seus lábios eram macios, tímidos e delicados, seus seios eram durinhos, com os mamilos rosados e durinhos... acho que aquele banho estava tendo um prazer quase sexual, Deus me abençoe se ela estivesse pensando e lembrando da nossa noite anterior e relembrando dos nossos momentos de prazer juntos, porque eu... bem, eu não lembro de nada ainda. Sua barriga era sequinha, mas não era musculosa nem magrela, era realmente era um convite ao Paraíso. A água corria e eu louco para estar ali, de joelhos frente ao meu anjo, beijando a sua barriguinha e descendo.

Aquela mulher era linda demais, eu não consegui achar um misero defeito, uma única imperfeição... e aquela energia que me deixava na mais absoluta paz, como se eu tivesse finalmente alcançado a rendição. Reparei que ela tinha duas tatuagens, uma no ombro e uma na pélvis, ambas tão delicadas quanto seu próprio ser, como seu próprio corpo, seu próprio espirito; era como se as tatuagens fossem a expressão do seu ser escapulindo pela sua pele, deixando-lhe ternas marcas.

Mas minha vida fez sentindo quando ela olhou para mim e sorriu, o sorriso mais bonito que eu já tinha visto: os dentes perfeitos, brancos, as covinhas no rosto, tudo se encaixava num sorriso de moleca, um sorriso inocente... isso inundou meu coração de sentimentos, eu nem pensava em sexo naquela hora, só pensava em tê-la em meus braços, em protegê-la , fazê-la sorrir, ser feliz. Eu sorri de volta na mais pura reação. Sabe quando você vê um bebê e sorri? Foi assim, eu vi o seu sorriso e sorri de volta, espontaneamente; e adormeci.
Quando acordei, vi que em minha cama havia uma poça de baba; talvez porque dormi profundamente, ou porque fiquei babando pelo meu anjo. Levantei desesperado, querendo beijar o meu anjo; fui procurá-la, mas não a achei. Até hoje não sei se foi um sonho ou se foi realidade, o box estava levemente molhado, mas eu poderia ter tomado banho durante a bebedeira à noite e sonhei com isso; ou estava muito louco e me deram banho e eu sonhei com isso... eu sinceramente não sei, mas fiquei feliz de saber que anjos existem. 

Se você é essa garota e está lendo isso, saiba que eu ainda tenho seu rosto pintado no meu coração, cravado em minha alma. Seu sorriso está marcado em minha alma. Eu ainda posso imaginar seu beijo queimando em meus lábios, o toque do seu corpo na ponta dos meus dedos